digital connection no Social Media Week NYC

Trazemos de Nova Iorque as últimas tendências do mundo digital, depois de termos participado num dos eventos mais relevantes da área: o Social Media Week by Adweek. Vamos partilhar convosco insights importantes deste evento.

O Social Media Week contou com oradores como Beverly Jackson – Twitter Global VP of Brand and Consumer Marketing; Todd Kaplan – PepsiCo Chief Marketing Officer, Pepsi™; Gena Stanglein – Meta Marketing Director; Rachel Webber – Playboy Chief Brand and Strategy Officer; Brett Wein – Snapchat, US Head of Verticals; e Chaka Cumberbatch –  Google Social Media Marketing Manager.

Estes foram alguns dos oradores que apresentaram as melhores estratégias e hottest news atuais. Falou-se em Redes Sociais, Social ADS, Tik Tok, Eccomerce, Creators, Metaverse, Realidade Aumentada, Web 3 e NFT’s ?

Depois desta longa introdução vamos ao que importa. Iremos escrever vários artigos para tocar nos diferentes temas individualmente, mas deixamo-vos aqui já um bom resumo do que ouvimos no Social Media Week.

MENOS ADS, MAIS CONTEÚDO.

Mais do que a plataforma que selecionamos para comunicar, o sucesso está na história que contamos: no conceito, na ideia, no que temos para acrescentar à comunidade.

Usem todas as plataformas que têm ao dispor para interagirem com os consumidores, mas não deixem de contar histórias! E adaptem a forma como as contam tendo em consideração as diferentes características de cada uma destas redes. Sem esquecer que marketing não é advertising, marketing é experiência.

MAKE CONTENT NOT ADS.

Aparentemente, todos os marketers deviam saber disto, mas infelizmente, e principalmente em Portugal, os responsáveis de marketing e empresários não veem o marketing por este prisma e focam-se em criar conteúdos comerciais e desinteressantes, em vez de conceito e experiências.

It’s all about culture impact – há que entender as necessidades e expetativas dos consumidores para criarmos experiências que vão ao encontro das suas inspirações e aspirações. O sentido de comunidade é o mais poderoso que existe, e o papel do marketer é despertar este sentimento e criar uma comunidade que tem um elo de ligação. 

É assim que conseguimos ser relevantes.

Até agora tudo muito bonito, mas como o fazemos? Ouvindo, pesquisando, estudando. Existem muitas plataformas (algumas gratuitas, outras não) que temos à nossa disposição para fazê-lo. As marcas precisam de utilizar social listenings, ouvir feedback dos seus consumidores, estar atento às últimas trends, ter DATA!

Só a partir da data é que se podem fazer alterações de estratégia, caso contrário é tudo meramente intuitivo. Fazer testes A/B nas campanhas que são promovidas no digital, perceber o que funciona melhor, como reagem positivamente,  o que traz mais resultados, etc.

Na abordagem tradicional temos a tecnologia à disposição da pessoa, que a utiliza para criar produtos, que oferecem algo aos seus consumidores e que a partir daí têm experiências.

Mas hoje o paradigma mudou. Agora tudo começa na EXPERIÊNCIA. A partir da experiência é que utilizamos a tecnologia para criar os produtos que necessitamos.

POR MARCAS MAIS GENUÍNAS

Antes de entrar em temas mais atuais como a Web3 e as NFT’s, gostavamos de reforçar a importância da criação de conteúdos autênticos, reais. Quanto mais as marcas criarem conteúdos genuínos que as humanize, mais próximas vão estar da sua comunidade. Deve-se sempre optar por um discurso transparente e sincero, e menos conteúdos comerciais e muito “produzidos”.

Estabelecer relações com creators, ajuda as marcas a criar estes conteúdos orgânicos e eficazes, os users têm mais confiança nas mensagens partilhadas por creators do que por empresas.

Envolver estes creators na estratégia de social media é por isso extremamente importante, pois conseguimos impactar as suas comunidades, na qual já têm bastante influência e recrutar novos clientes para a marca.

Contudo, temos de ter muita atenção nos creators que escolhemos. O número de seguidores já é um KPI ultrapassado, temos de perceber quem são os seus seguidores, qual o posicionamento e deixá-los ter 100% liberdade criativa. Nunca devemos forçar, senão estamos a criar ADS e não experiências (e já percebemos que ADS não resultam).

A principal pergunta que se tem de fazer é: Que história queremos contar? E depois selecionar a melhor pessoa para contar essa história! O futuro dos conteúdos é a personalização.

QUANTO A ANÚNCIOS PAGOS

Já falamos de autenticidade, creators e data. Vamos então falar em campanhas pagas agora: Social Advertising e Google ADS, duas ferramentas altamente eficazes na geração de leads.

Pensar que conseguimos obter vendas na nossa loja online sem recorrermos a campanhas pagas é ingénuo. É crucial construir campanhas ADS tanto nas redes sociais, como no Google para gerarmos mais tráfego, impactarmos mais consumidores e gerarmos vendas.

Iremos abordar este tema mais detalhadamente num artigo específico, mas deixamo-vos já os 5 pontos principais que temos de ter em consideração: 

1 – Planear. Não querer impactar toda a gente em todo o lado;

2 – Ser real e transparente, criar anúncios que não pareçam anúncios (um bom copy e imagem fazem toda a diferença);

3 – Publicar a campanha bem parametrizada e de acordo com os nossos objetivos e budget;

4- Testar e otimizar! Sempre que se cria uma campanha no social devemos fazer teste A/B. Podemos testar diferentes anúncios, públicos, formatos. E quando tivermos o resultado do teste otimizar a campanha nesse sentido.

5 – Medir resultados e pô-los em prática. E medir resultados não é só dizer quantos cliques tivemos, é perceber como estão alinhados com os objetivos organizacionais e como podemos aprender com estes dados para campanhas no futuro.

Em relação às campanhas de Google ADS, temos novos formatos de campanhas que podemos utilizar. A Discovery e Max Performance estão a dar cartas e a gerar resultados fantásticos, outro tema para outro artigo que vos pode ajudar a trazer mais performance a partir de campanhas Google ADS.

CRIPTO E NFTs: O IMPACTO DA WEB 3.0

Um dos grandes temas do Social Media Week foi a Web 3.0. E o que é a Web 3.0 para os marketers? É redefinir o que é ser uma marca. Representa o que pensamos sobre todos os aspectos do marketing. 

“Web3 cant exist without web2. Building a new future, a new way to build a community, to do business.”  Toby Daniels – Adweek Advisor

A Web3 envolve crypto, NFT’s, blockchain, personalização, experiência, realidade aumentada, inteligência artificial. É uma nova forma de nos relacionarmos com o mundo, e, na perspetiva dos oradores, uma forma de ownership, que dá oportunidade das pessoas serem proprietárias e lhes devolve a liberdade.

A Diretora de Marketing da Playboy apresentou um exemplo de um caso de sucesso. A marca playboy estava pelas ruas da amargura – com a facilidade de acesso a imagens eróticas, as receitas da empresa caíram drasticamente. Como é que ela e a sua equipa conseguiram criar relevância a voltar a torná-la uma marca icónica? Através de NFT’s. Agora em vez de revistas de nudez, vendem avatars de coelhos, os “Rabbitars”. Isto criou uma comunidade gigante e coesa na Web 3 que reposicionou a marca. Podem saber mais sobre este caso aqui: https://www.playboy.com/custom/playboy-nfts-and-blockchain-projects

Por último, gostavamos apenas de referenciar a importância para o marketing da Realidade Aumentada, uma tecnologia que, como o nome indica, aumenta a realidade e traz para o nosso mundo uma maior proximidade com uma realidade diferente, mais tecnológica. 

Por hoje é tudo, mas há mais artigos para partilhar convosco onde exploramos estes e outros temas em maior profundidade.

 

João C Silva – Co-founder & Managing Partner

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